Que tal curtir Jazz com aquele sotaque mineiro?

No show Jazzin’ Minas, o músico Eduardo Braga revisita o repertório do Clube da Esquina sob a ótica do jazz no novíssimo Dolores Club, na Lapa, anexo ao Rio Scenarium (Rua do Lavradio 10), nesta quinta-feira, dia 25 de agosto/2022, a partir das 19h.

Na esteira das comemorações do cinquentenário do disco Clube da Esquina, recentemente eleito o melhor álbum da MPB em todos os tempos, e acompanhado por instrumentistas tarimbados, Eduardo Braga celebra e explora a interseção do repertório do célebre movimento mineiro com o jazz, privilegiando a liberdade de estilo e os arranjos com improvisos e dando outra dimensão a clássicos do cancioneiro popular mineiro, sobretudo por incorporar outras linguagens musicais.

A contribuição da obra de Milton Nascimento e cia para o jazz é o ponto de partida do repertório.

Standards como ‘Vera Cruz’ (parceria com Márcio Borges) e ‘Nascente’ (Flavio Venturini e Murilo Antes) somam-se leituras inéditas da lavra de Bituca como em ‘Vidro e Corte e Novena’ (também com Márcio Borges) e sucessos como ‘Sonho Real’ e ‘Trem Azul’ (Lô Borges e Ronaldo Bastos), ‘Fazenda’ (Nelson Ângelo) e ‘Amor de Índio’ (Beto Guedes e Ronaldo Bastos).

E se mineirice flerta escancaradamente com o jazz, a obra de Toninho Horta não poderia ficar de fora. Criações do mundialmente aclamado compositor e instrumentista como ‘Beijo Partido’ e ‘Aquelas Coisas Todas’, assim como parcerias como ‘Diana’ (com Fernando Brant) e ‘Pedra da Lua’ (com Cacaso) ganham leituras intensas no show e no álbum “Jazzin’ Minas vol I”, lançamento da Albatroz com produção de Marquinho Siqueira e do próprio artista, disponível no streaming.

Idealizador, diretor e arranjador do espetáculo, Eduardo Braga é cirúrgico na escolha de seus companheiros de palco. “São músicos com contribuição expressiva não apenas na cena jazzística como também na MPB e no pop, apresentando-se ao redor do mundo”, justifica o artista, ao referir-se a André Santos (baixo), João Braga (piano), Peter O’Neill (sopros) e a Paulo Diniz (bateria).

Como convém a um show de jazz, grandes instrumentistas fazem eventuais participações especiais, incluindo alguns pilares da sonoridade mineira do Clube da Esquina e da maior parte da carreira da Milton Nascimento como Robertinho Silva, Kiko Continentino, Ronaldo Silva, Gastão Villeroy, Cacá Colon e Luiz Alvez, além de Elcio Cáfaro, Marcílio Figueiró, Telo Borges, Yuri Poppof, Lena Horta, Rubinho Jacob e outros.

O cantor, produtor, instrumentista, compositor e promoter carioca Eduardo Braga é fortemente influenciado pelo Clube da Esquina, e além do Jazzin’ Minas também dirige e estrela o Clube do Godofredo, uma celebração cover do cancioneiro mineiro e uma referência explícita ao patriarca da família Guedes.

Foto divulgação: Luiz Contreira

Tendo iniciado a carreira em 1982 tocando choro em São Paulo, Eduardo é sucesso mundial nas plataformas digitais por suas gravações de bossa nova e easy-listening pela Albatroz, selo de Roberto Menescal, pelo qual lançou em 2005 e 2014 seus álbuns solo Pós-Acústico e Songs that I Love. Integrou a primeira formação do Equale, como solista e arranjador, e o Vox 4, cujo CD de estreia foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira (Prêmio Sharp, à época) em 1995. Pela Biscoito Fino, em 2004, coproduziu o álbum MPB A Cappella do grupo BR6, vencedor de duas categorias do Prêmio CARA’s de música a capela nos EUA e indicado duas vezes ao Prêmio Visa.

Como promoter, Eduardo detém o prêmio de Melhor Programação Musical da Veja Rio pelo seu trabalho no extinto bar Godofredo, no Rio. Sua identidade com o repertório mineiro também o levou a aceitar o convite de Serio Sansão e Deco Fiori para a criação do espetáculo de sucesso ‘Para Lennon & McCartney’, o qual co-estrelou e assinou a direção musical, promovendo também a participação dos clubeiros Telo e Marcio Borges.

Eclético, produz também, em parceria com o cenógrafo Djalma Amaral, os espetáculos ‘Beatersweet Project’, que explora a inter-influência entre os Beatles e os cantores-compositores da década de 60, e ‘Flores Astrais: Um Tributo aos Secos e Molhados’, e dirige ainda o selo Clube Novo, em parceria com Marcio e José Roberto Borges, revelando novas pérolas de compositores ligados à música mineira e a outras vertentes, entre eles Mario Vitor, Allyson Alves, Danilo Fiani, Pierre Dechery, João Freire e o irmão caçula da famosa família da esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis, Nico Borges.

FICHA TÉCNICA

Idealização, direção, produção executiva e arranjos: Eduardo Braga

Músicos: Eduardo Braga (voz/violão), Paulo Diniz (bateria), João Braga (piano), Peter O’Neill (sopros) e André Santos (contrabaixo)

Iluminação e cenografia: Djalma Amaral

Figurino: Francisco Braga

Assessoria de Imprensa: João Luiz Azevedo

Produção: Hugo Belfort – Clube Novo Produções

Link de vídeo:

http://https://youtu.be/du1u5gwdH_8

Álbum “Jazzin’ Minas vol I” (Albatroz/Rstudio): https://open.spotify.com/album/3NQPXb1JHypEpk0H22e2wc?si=fDkEAX3VQg6oOfJSatCVkA

EDUARDO BRAGA EM “JAZZIN’ MINAS”

Dolores Club, anexo ao Rio Scenarium

Rua do Lavradio 10, Lapa, Centro

Única apresentação dia 25/8

Quinta-feira, a partir das 19h

Couvert Artístico a partir de R$ 30,00