Centenário do Rádio no Brasil e o Negro como Protagonista

Na Semana da Consciência Negra, o Centenário do Rádio no Brasil tem o negro como protagonista. Um bom programa para quem aprecia música e história.

O projeto “Rádio Negro” (as vozes negras do rádio registradas em uma exposição) foi idealizado pela dramaturga e crítica teatral Patricia Lopes em comemoração aos 100 anos do Rádio no Brasil. O projeto foi aprovado no 1º edital do Museu da Imagem e do Som/RJ, local onde será realizada a exposição no período de 17/11 a 14/01/2023. “Rádio Negro” tem como proponente o Renascença Clube que, segundo o seu Presidente Alexandre Xavier, “É um presente, pois vamos dar à sociedade a oportunidade de mostrar a força do povo negro que vem sofrendo muito com o racismo nos dias atuais”.

A exposição “Rádio Negro” conta as histórias de artistas negros e das transições políticas enfrentadas pelo país que repercutiram nas mudanças sofridas pelo rádio e suas plateias, assim como na força do rádio em promover a justiça social. Essas vozes negras, de diversas gerações, fizeram a diferença em épocas diversas e, graças ao rádio, foram reveladas. Trata-se de uma exposição diferenciada, já que é auditiva, cujo ambiente, construído por Marcelo Aouila, nos remete a uma rádio. Os visitantes, por meio de fones de ouvido, vão ouvir as histórias do rádio e dos artistas negros, sempre recheadas de música.

Segundo o professor de música Nelson Christo, docente da Faetec e revisor da pesquisa feita por Paty Lopes sobre o Rádio Negro, “A história do centenário do rádio será contada cronologicamente, com linguagem informal, passando por Pixinguinha, Cartola, Carmem Costa, Milton Nascimento, Gilberto Gil, entre outros”. Essa história foi construída por intermédio do acervo iconográfico do Museu da Imagem e do Som e terá a narração da atriz Anna Paula Black, que fará uma viagem no tempo, com alegria, poesia e emoção.

Paty Lopes se emociona ao falar sobre o projeto que nasceu a partir das suas memórias de infância e que surge como um grito de resistência, “Rádio Negro é sinônimo de equidade, e começa por sua ficha técnica, formada por negros e mulheres com posições sem subordinação — negras, descendente indígena e portadora de deficiência física — assim como com representatividade LGBTQI+”, conclui a dramaturga, idealizadora do projeto.

FICHA TÉCNICA

Direção, idealização, pesquisa e curadoria: Paty Lopes

Projeção de imagem e som: Almir Chiaratti

Cenografia: Marcelo Aouila

Revisão técnica: Professor Nelson Christo

Locutora: Ana Paula Black

Coordenação Financeira: Elaine Elias

Programação Visual: Maria Julia

Assessoria de Imprensa: Marcia Renault

Realização: Renascença Clube

EXPOSIÇÃO RÁDIO NEGRO

Período de 17/11 a 14/01/23

Museu da Imagem e do Som

Rua Visconde de Maranguape, 15, Centro, Lapa

De segunda a sexta-feira, das 10h às 17h

Informações (21) 2333-2144

Classificação Livre

Entrada Franca