Última semana de Comida di Buteco e é claro que não poderia deixar passar em branco. Vale destacar o que vai acontecer daqui para frente nesta competição, que se encerra dia 8 de maio. Após o término do torneio, acontecem mais duas novas fases. A primeira definirá, com o corpo de júri e os votos do público, cada um com peso de 50%, o campeão do circuito local em cada cidade. A outra etapa, contará com jurados diferentes incumbidos da missão de eleger o melhor em circuito nacional. Em junho, haverá uma nova etapa, onde uma comissão de jurados vai visitar os 21 campeões das cidades e selecionar o campeão nacional. Serão 3 jurados, sendo um da cidade do botequim e dois de fora, a fim de evitar tendências no julgamento. Após todo o julgamento teremos o melhor boteco do Brasil em 2022. Enquanto não acaba a competição, continuo provando o que mais me chama a atenção.
Nessa semana fui ao Boteco Vou Demais, localizado na rua Paula Brito 240, Andaraí. O prato concorrente para a competição é o Bolinho Inspiração (R$27), um bolinho de carne recheado com queijo provolone, acompanhado de queijo cremoso, geleia de pimenta e mostarda escura. O bolinho, que lembra um croquete, estava bem gostoso e veio muito rápido à mesa. O queijo provolone, que recheia o bolinho, podia estar um pouco mais presente, porém o sabor combinava muito bem com os molhos que foram servidos junto. Pedi também o tradicional petisco dos botequins cariocas, a porção de bolinho de bacalhau, que vinha com 10 unidades (R$25). O bolinho tinha um bom tamanho para o preço, e estava com uma proporção boa entre batata e bacalhau. A fritura, por outro lado, deixou alguns bolinhos muito dourados por fora e gelados por dentro. Além disso, estava um pouco oleoso. Cabe aqui destacar a pimenta da casa, que é bem picante e certamente é um atrativo muito forte àqueles que gostam de uma pimenta boa. Para fechar a conta, pedi um pastel de camarão com catupiry (R$6), que além de barato vem muito bem recheado. O custo benefício para esse pastel é alto, dado que é bem saboroso, em um tamanho compatível com o preço ofertado. A caipirinha (R$15) estava um pouco forte, o que é bom para o meu gosto, porém pode não ser para todos. Ela estava também bem gelada e doce sem estar melada. O espaço do bar não era muito grande internamente, mas tinha algumas cadeiras do lado de fora. Fui em uma segunda-feira, dia de pouco movimento, mas o atendimento, apesar de simpático, deixou um pouco a desejar. Estava difícil encontrar um garçom quando desejava pedir algo a mais. Por ser um dia com menos movimento e sendo minha mesa uma das únicas no ambiente, esperava um pouco mais de atenção no atendimento. No geral, foi um boteco que gostei bastante e ainda não conhecia. O cardápio tem ainda algumas opções de pratos executivos a bom preço para quem quiser almoçar e jantar. Certamente, tenho vontade de visitar novamente, mas dessa vez em um dia mais movimentado para poder observar como é o atendimento no local.
E assim encerro nossa análise de uma das competições mais amadas do Brasil. Os botequins estão na história do povo brasileiro e certamente bem presentes na alma carioca. A valorização dessa cultura é a valorização da nossa história. Espero que tenham gostado dessa viagem aos botecos competidores que pude trazer para vocês. Agradeço também a todos os botecos que me receberam, e desejo boa sorte a todos.
Semana que vem, volto com mais novidades desse Rio de Janeiro, explorando um pouquinho da famosa Zona Sul carioca. Espero vocês aqui de novo, viajando comigo nesse tour gastronômico pela Cidade Maravilhosa.