Conversa com ETs

Diálogos com extraterrestres:

— Olá… estão perdidos por aqui? Caíram sem querer ou foi um pouso programado mesmo?

— Viemos atraídos pelas cores. Chama atenção lá de longe. Queremos conhecer que cores são essas, da onde elas vem e porque são assim. Talvez levar essa tecnologia pro nosso planeta pra deixa-lo mais bonito, colorido e divertido.

— Realmente chama a atenção. Não é um planeta que passa assim desapercebido por aí não. Não só as cores mas as formas são estonteantes. Temos desde geleiras límpidas com o mais puro branco polar que não correm risco de degelar, até florestas quentes tropicais, salpicadas das mais diversas espécies de plantas e animais, todas exuberantes que não sofrem nenhum perigo constante de queimadas e derrubadas ou extinção de algumas espécies, que poderiam nos salvar, já que somos todos partes de uma cadeia organizada, que funciona em sintonia, devidamente orquestrada por leis cósmicas universais.

— Uau! Logo vimos que seria isso… um cenário tão grandioso, iluminado e majestoso, que chama atenção de todos os seres universais, não poderia ser diferente. Sacralizado e respeitado, contemplado e utilizado com respeito e em harmonia. Já percebi que não se trata de tecnologia, pra criar coisa parecida… Teremos que nos contentar em de vez em quando vir olhar, passar um tempo, passear e lamentar pelo que não temos e que não podemos criar.

— Sim… voltem sempre, queridos amigos. Estamos aqui à disposição. Anota meu número que vou te contando, mandando foto, atualizando sobre o planeta em questão. Certamente está seguro e devidamente cuidado, pelo povo mais educado e civilizado que poderás ter notícia.
(…)

— Porque você mentiu tanto?

— Ufa! Essa foi por pouco. Mais um pouco ele descobriria e estaríamos acabados. Extraterrestre nenhum permitiria que continuássemos no comando. Se percebesse o risco iminente que correm todas essas cores… Decerto eles atacariam e teríamos que debandar para planetas distantes. Talvez sem flores, sem cachorros. Sem rios, sem cachoeiras. Já imaginou como seria? Viver sem a luz do dia e o frescor da lua cheia, que tanto nos norteia, começa e encerra ciclos?

— Não pensou que talvez sejam eles a nossa única salvação?