No trânsito dos relacionamentos humanos há um condutor perigoso para muita gente, sobretudo para os amigos e para ele mesmo. O solteiro acelerado, normalmente, passa dos limites. O solteiro acelerado nasce após a colisão entre um casal. O relacionamento acaba e o sujeito começa. Solta o freio de mãos dadas e quer abraçar o mundo. O caso é mais comum entre homens heterossexuais, todavia, isso não é uma regra, pode atingir qualquer gênero. Regra para que, não é mesmo?
Quem sofre com o solteiro acelerado são os amigos. Alguns desses, inclusive, já foram solteiros acelerados em outras longas estradas da vida. Contudo, estão em uma fase mais tranquila. Porém, o solteiro acelerado quer atropelar isso tudo. Ele quer sair todos os dias, beber todos os dias, noitada todos os dias, conhecer gente nova todos os dias. É difícil aguentar o ritmo de um solteiro acelerado quando você está andando em uma estrutura quase 3.0 (ou mais) de idade.
Os amigos que estão em outra, guiando a vida acompanhados de alguém em um relacionamento, se divertem com as situações vividas por um solteiro acelerado. De fato, algumas são hilárias, lembranças do caminho. No entanto, não o aturam por muito tempo. Até evitam certos convites.
Apesar de tudo, o solteiro acelerado não é um monstro. Ele precisa de apoio por um tempo e depois passa. O gás acaba, combustível não está fácil, não. Sou um ex-solteiro acelerado e sei do que estou falando.
Estou aqui para ajudar os amigos. Mas vamos devagar. Ninguém deve provocar acidentes, cometer crimes ou dar perda total por aí. Ninguém, nem mesmo um solteiro acelerado.