Existem máximas que só servem para que o mínimo de pessoas se interesse por um assunto. Uma delas é essa história de que política é coisa de e para gente inteligente. Claro que não é. E no alto do palanque da minha ignorância, vou provar.
Tudo e todos somos política. Só essa certeza já tira do segundo turno quem usa esse discurso de que política é difícil, que nem todas as pessoas estão prontas para aprender os conceitos. A quem interessa essa parte, esse partido?
Um dos significados da palavra diz que política é: cerimônia, cortesia, civilidade, urbanidade. Precisa ser um gênio da raça, um eleito dos cérebros para cumprir tais junções de letras? Certeza que não. É bê-á-bá da vida. Mais fácil do que ser parlamentar da situação.
É um erro do tamanho de um Estado subestimar a inteligência do próprio povo. Até porque a palavra inteligência quer dizer “faculdade de conhecer, compreender e aprender”. Fui ao dicionário, o avô dos burros – o pai agora é o Google – para não falar besteira. Logo, por mais que pareça difícil, todos podem e devem entender e desenvolver o assunto. Quem gosta de exclusão é autoritário, antipolítica.
É urgente que paremos com essa Fake News de que política é coisa de gente inteligente. A menos que passemos a assumir sempre a verdade de que todo ser humano é portador de inteligência e tem que usá-la, inclusive pensando sobre política. Política é o caminho para a boa convivência, o bem comum. É para todo mundo.
A prova que política não é coisa de ou para gente inteligente é o atual presidente do Brasil. Afinal, ele está nessa há uns 30 anos e não me parece um intelectual. Muito pelo contrário, inclusive.