Um recanto bem especial, resguardado pelas águas da Baía de Guanabara. Tão antigo quanto a própria cidade do Rio de Janeiro. Protegido por lei, como Área de Preservação do Ambiente Cultural (APAC), repleto de lendas, história e cenário de importantes passagens durante o período do Império: a Ilha de Paquetá. Com apenas 7km de extensão, preserva enorme e significativo acervo arquitetônico e paisagístico, com inúmeros bens tombados e preservados, um estilo de vida único, invejável e comunitário, resguardado pelo isolamento geográfico natural, que só uma ilha pode proporcionar.
Descoberta em meados de 1555 pelo francês André Thevet, era dominada pelos índios Tamoios. No séc XIX, Paquetá despertou atenção da capital ao receber a família portuguesa. A partir daí o lugar e seus encantos começaram a ser explorados.
Até hoje a ilha resguarda o clima agradável daqueles tempos passados, com ar bucólico e uma calmaria, totalmente desconectada da vida agitada da cidade. Os automóveis não são liberados, os moradores e visitantes andam a pé, de bicicleta, ou em charmosas charretes, também usadas em passeios turísticos no entorno da ilha. Esse fato favorece aos visitantes apreciar a beleza do lugar, seus detalhes, ruelas, canteiros, fontes, praias, fachadas. Tudo tão gracioso, tão delicado e em cores. Parece pintura. Aliás, refúgio de inúmeros poetas e artistas.
Como em todo ponto turístico carioca, há restaurantes e bares com cardápios variados e para todos os bolsos e gostos. Alguns points na ilha são bem interessantes e valem a visita. Conhecer a Igreja do Senhor Jesus do Monte, inaugurada em 1763, de estilo neogótico e grande importância religiosa e histórica para a região, visitar os caramanchões floridos da Praia dos Tamoios e apreciar o pôr do sol de lá, visitar e relaxar na Praia da Moreninha, que deu fama à Paquetá, após ser cenário para o livro e a novela A Moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo, uma importante obra da literatura brasileira, publicada em 1844, desfrutar da natureza do Parque Ecológico de Paquetá e suas trilhas, conhecer a residência do Patriarca da Independência do Brasil, José Bonifácio, que viveu na Ilha de Paquetá entre os anos de 1830 e 1838, conhecer a residência real Solar D’El Rei, uma das construções mais nobres da ilha, prédio tombado desde 1937 pelo Iphan e abraçar o famoso baobá, tombado desde 1967, mais conhecido como Maria Gorda, uma planta africana trazida não se sabe por quem e cultivada na ilha.
Visitar Paquetá é um passeio “popular”, bastante acessível, mas que vale a pena ser programado, para que se possa aproveitar a estadia. Há opções de hospedagem, desde pequenas pousadas a casas de veraneio. Os dias de semana são sempre mais tranquilos, finais de semana atraem muitos visitantes. A única forma de acesso à “terra do sossego” é de barco. A travessia pode ser feita pela Barca Praça XV- Paquetá, diariamente, em diversos horários, tarifa normal de R$ 6,10 e tempo aproximado de travessia de 50 minutos. Existe também o Catamarã, que diminui o tempo da travessia, em aproximadamente meia hora.
Para maiores informações 0800 721 1012.