Temas de festa virou uma indústria. Talvez o capital especulativo ainda não tenha notado o potencial desta modalidade de negócios, mas vale muito a pena tentar uma fatia desse bolo.
Tem muita gente lucrando fazendo decorações criativas e individuais para os mais diversos tipos de celebrações. A gente tem mesmo que comemorar. Nem só de dívidas e refrigerante aguado vive o homem.
Quando criança, me lembro que eram poucos os temas das festas. As temáticas se limitavam aos personagens do mundo infanto-juvenil. Desenhos, heróis, bonecas. No máximo, futebol. Vez ou outra, sonho de muita gente, festa do pijama.
Hoje em dia tem festa de tudo. Os adultos, sem pulseirinha VIP, entraram nessa também. Até os animais domésticos estão ganhando aniversários cheios de decorações exclusivas. Viva a inclusão de todos. A festa é sua, é nossa, é de quem quiser, quem vier.
Circulou na Internet uma foto cujo tema do festejo era “Bolsolula” ou “Lulanaro”, chamando opositores políticos para dançar. Também vi uma que tinha como decoração o transporte público. Que viagem! São muitas as temáticas inusitadas.
Muito além da imaginação das festas à fantasia, estão em alta temas como: festa do cocô – nessa pode fazer merda -, festa do supermercado, festa com tema do programa do Faustão e muitas outras que não caberiam nesse espaço. Ô loco, bicho. Mas não é brincadeira, não.
São muitos os casos nos quais as temáticas das festas são definidas devido a uma característica específica da pessoa celebrada. Um advogado tem como tema dos festejos a pouco prestigiada Constituição Federal, por exemplo. Como será a festa de um político corrupto? Será que distribuem dinheiro ao invés de coxinhas?
Mas, na minha sóbria opinião, a ideia mais legal foi a do menino que quis o tema “pão com ovo”. Perguntaram do que ele mais gostava, para que a partir daí fosse definido o tema da comemoração. E ele disse “pão com ovo”. Que delícia.