No início da pandemia, as grandes cidades passaram a ter um fluxo de carros bem menor que o habitual. Esse fato levou a índices de poluição muito baixos, além de menos mortes no trânsito. Contudo, com o passar dos meses, esse número de automóveis voltou a subir e pode até superar as antigas marcas. Isso porque os veículos viraram verdadeiras fortalezas anti-coronavírus. Quem esperava o novo normal está vendo passar, em alta velocidade, o velho atual.
Nas aberturas graduais mundo a fora, o setor de cultura e lazer está ficando no banco de trás. A dianteira é ocupada pelo comércio e serviços em geral. Todavia, algumas atividades culturais já puderam ligar os motores. Entre elas estão os drive in, esses cinemas que você assiste tudo pela janela carro, pela tela, pela janela, como na música da Adriana Calcanhoto.
No mesmo modelo que um drive in, vêm sendo testadas apresentações teatrais na Europa. A pessoa passa com seu possante por umas janelinhas onde artistas apresentam alguma encenação. Festas de música eletrônica, com um Dj tocando para o público dentro dos carros já estão rolando. Segue a batida…
Eu arrisco dizer que o autobol, uma espécie de futebol jogado por carros, volte a todo vapor nesse período de pandemia. Para quem não sabe, esse esporte realmente existiu. Foi inventado por Mário Marques Tourinho, fã de futebol e automobilismo, no Rio de Janeiro dos anos 1970. Na época, teve até um campeonato carioca. Bem melhor que a volta do futebol no Rio de Janeiro este ano, neste mês.
Dar uma volta de carro pela cidade se tornou uma prática comum. Para não romper o isolamento social, muitas pessoas estão se trancando em seus veículos e saindo por aí. E isso voltou a subir o número de automóveis por aí.
No Rio de Janeiro, as autoescolas voltaram a funcionar. Sinal dos tempos? Quem esperava um novo normal está vendo passar, em alta velocidade, o velho atual. Haja buzina.